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Um caso trágico chocou a cidade de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, no último domingo (5). O bebê Ravi Lorenzo, de apenas 2 meses, morreu por suspeita de ingerir um colírio que teria sido vendido por engano em uma farmácia. O remédio que ele deveria ter tomado era para evitar vômito e enjoo.
Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, o avô da criança foi até a farmácia com a receita médica e comprou os medicamentos prescritos. Um deles era a bromoprida, um antiemético. Porém, ao invés de entregar o remédio correto, o atendente da farmácia teria dado o tartarato de brimonidina, um colírio para o tratamento de glaucoma.
A mãe do bebê, Emanuely Fonseca, contou que não percebeu o erro e deu o colírio para o filho, seguindo as orientações da receita. Pouco tempo depois, a criança começou a chorar e gritar de dor. Ela levou o bebê de volta à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ele foi intubado, mas não resistiu.
A bula do colírio indica que ele é contraindicado para menores de 2 anos e pode causar efeitos colaterais graves em recém-nascidos, como dificuldade na respiração, diminuição no batimento cardíaco e coma.
O Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO) informou que não havia erro na receita e que a letra do médico estava legível. O órgão disse que vai enviar um fiscal até a farmácia para apurar se havia algum farmacêutico no local no momento da venda do remédio.
A Drogaria Ultra Popular, onde ocorreu o erro, disse em nota que vai contribuir com as investigações e que lamenta profundamente o ocorrido.
A família do bebê pede justiça e responsabilização pelo erro. O corpo de Ravi foi sepultado na segunda-feira (6) em Formosa.